Nos últimos anos, um número significativo de mulheres tem expressado o desejo de interromper o uso de pílulas anticoncepcionais, devido aos hormônios artificiais, efeitos colaterais e riscos à saúde mencionados na bula, ou para reconectar-se com seu corpo de forma mais natural, especialmente após anos de uso contínuo desde a adolescência.
Inicialmente, é importante reconhecer o papel fundamental da pílula anticoncepcional no avanço da liberdade e autonomia feminina desde a década de 1960, oferecendo às mulheres a possibilidade de escolher ter ou não, filhos. Uma grande revolução. No entanto, ao longo do tempo, o uso da pílula se expandiu para além do controle de natalidade, sendo prescrita para diversas queixas desde a menarca. Isso resultou em muitas mulheres esconectadas de seu ciclo menstrual e do entendimento de seu próprio funcionamento.
Se a pílula tem sido prescrita para acne, cólicas, tensão pré-menstrual, inchaço, cansaço, síndrome dos ovários policísticos (SOP) e endometriose, surge a questão: é possível alcançar um corpo saudável com um ciclo menstrual regular e tratamentos específicos para cada condição? A resposta é sim.
Se os sintomas menstruais impactam significativamente o humor e a rotina, é crucial abordá-los de forma integral, em vez de simplesmente mascará-los.
Assim como procuramos entender a causa de dores de estômago ou de cabeça, o ciclo menstrual também merece atenção e cuidado individualizado.
Ao interromper o uso da pílula, é comum que as mulheres experimentem um período de ajuste, uma vez que seus corpos estão recomeçando o processo do ciclo menstrual, podendo surgir sintomas diferentes.
Para cada sintoma, existem abordagens de tratamento específicas. Como naturóloga especializada em ginecologia natural e terapia menstrual, ofereço orientações sobre remédios fitoterápicos, acupuntura quando necessário, atenção à alimentação, sono, rotina, atividade física e cuidados gerais com a saúde física, mental e emocional, visando promover uma relação mais harmoniosa e gentil com o ciclo menstrual.
É fundamental buscar apoio terapêutico e médico especializado ao considerar essa transição, a fim de evitar sintomas indesejados e a possibilidade de retornar à pílula como única solução, quando na realidade existem alternativas.
Recomendo a busca por uma ginecologista atualizada e convido você a conhecer meu trabalho como naturóloga, especialista em ginecologia natural e terapeuta menstrual.
É importante ressaltar que muitas mulheres podem se sentir bem utilizando a pílula e optar por não interromper seu uso, o que também é válido.
Atualmente, existem opções com menos efeitos colaterais e riscos à saúde. O mais importante na escolha de um método contraceptivo é encontrar o que melhor se adequa à sua realidade e necessidades individuais.